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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Coluna do Michel Nascimento: Ídolo, um amor com data de validade !


Boa noite, para a nação mais poderosa do futebol mundial. Hoje vamos abordar a idolatria.

Sou de uma época nem tão distante e nem tão jurássica assim, aonde os grandes clubes do futebol mundial tinham suas identidades marcadas pelo longo período de vínculo de seus atletas. Neste período a fidelização não era financeira e sim pelo prazer de vestir a camisa daquela tão sonhada agremiação esportiva.

A partir do "bug do milênio", muita coisa mudou. Observamos que o "projeto de identidade" de um atleta está ligada diretamente a uma fidelização de seguidores, que muitos chamam de sócios- torcedores, com salários fora da realidade deste imenso país chamado Brasil.

Jogadores que demonstram aquela intensidade, dedicação, vontade de vencer e que tem mais apelo comercial, logo se tornam "ídolos", "deuses" ou algo sinônimo disso, trazendo para si um status de ícone muito mais pelo que demonstra fora do futebol esperado e que deveria ser apresentado.

Vem na minha memória os anos 80, e logo me aparece a palavra ZICO. Nos anos 90,  o eterno "capacete" JÚNIOR. Quando chego nos anos 2000, vem Emerson Sheik, Petkovic, Edilson "capetinha", mais aí eu me recordo que esses últimos também marcaram a vida de outros torcedores que não são fidedignos do nosso rubro-negro carioca. Aí te pergunto torcedor: Um ídolo no futebol pode ser compartilhado ou dividido com o seu maior rival ??? No Brasil, sim, é possível, lá fora nem tanto!

Muito cuidado com aquele jogador que você hoje não gosta, persegue, critica no seu maior rival, daqui a pouco você vai se pegar aplaudindo, chamado ele de o "maior de todos".

Henrique "CeiFLAdor" Dourado, hoje virou "a casaca", "traiu", "mudou de ares", você escolhe a melhor definição. Será que você, que antes usava aquelas palavras "baixas", comuns e mas mal educadas nos clássicos FLAxFLU, para ofender este atleta, agora vai idolatrá-lo ? Hummm......

ZICO vestiu a camisa do nosso maior rival em amistoso de despedida do maior ídolo deles, mostrou que apesar da rivalidade dentro de campo, o respeito pela pessoa existe e foi aplaudido pelas duas torcidas.

Infelizmente, a nova era futebolística não nos permite criarmos um novo ZICO, JÚNIOR, DINAMITE, PELÉ, GARRINCHA, TOSTÃO, REINALDO, RONDINELLI e tantos outros. Então aproveite bem o que te oferecem hoje!

Saudações rubro-negras!



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